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Quarta, 04 Junho 2025 19:42

Assombros

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Assombros é uma exposição instalativa idealizada pelo artista de novas mídias Iain Mott e pela atriz/performer Simone Reis, e desenvolvida juntamente com o dramaturgo Camillo Pellegrini. O trabalho conjunto, busca integrar as linguagens das artes visuais, cênicas e sonoras, cujo resultado é fazer com que o visitante/espectador vivencie uma experiência única.

Seguindo a linha fantasmagórica definida em O Espelho (2012) por Reis e Mott, os cinco módulos para a instalação Assombros utilizam uma mistura de tecnologias antigas e contemporâneas. São elas: o Professor Pepper’s Ghost – uma ilusão teatral e quase holográfica do século XIX; técnicas surgidas da câmera obscura do século XV; o boîte d’optique (caixa ótica) do século XVII, na França; e o som ambissônico, mini-refletores de LED, mesas de luz e computadores embutidos do século XXI.

Na dramaturgia de Pellegrini e Reis, as performances que acontecem no interior das caixas óticas têm como base narrativas autobiográficas e/ou autoficcionais de Reis, amalgamadas às personagens arquetípicas Nina e Arkadina, ambas personagens atrizes, da obra de Anton Tchecov. Nas performances Reis tece uma poesia plena de narrativas caipiras, de lampejos coloridos de memórias de infância, retiradas dos recortes do seu álbum de família. Conta histórias e reinventa detalhes em palavras ditas como se fala na roça e como se sente na cidade, de um lugar que não mais existe.

Os gabinetes de visualização dos séculos XVIII e XIX eram feitos como item de diversão nos saraus e salões. Ofereciam uma forma primitiva de estereoscopia por meio de uma grande lente biconvexa e um espelho, e davam aos indivíduos que visualizavam gravuras coloridas bidimensionais, a impressão de profundidade e tridimensionalidade, um efeito muitas vezes aprimorado com proscênios. Inicialmente projetadas para observar gravuras coloridas com efeito tridimensional e vistas perspectivas. Ao longo do tempo as antigas caixas passaram a retratar eventos históricos assombradamente insólitos.

Além da cenografia e do vídeo de performance bidimensionais de Reis dentro da caixa, são incluídos dioramas, para melhor integrar a imagem do fantasma – a própria Reis – em seu ambiente tridimensional. A Iluminação LED dentro dos gabinetes (incluindo mini-refletores e mesas de luz) é controlada dinamicamente e sincronizada com os fantasmas gravados em vídeo e, além disso, o áudio ambissônico (uma forma avançada de surround sound usando software desenvolvido por Mott, chamado de Mosca) é entregue em fones de ouvido para promover uma sensação de imersão na cena e uma associação do espectador com as personagens focais.

Tudo isso poderá ser visto através de uma grande lente inserida no visor recortado na parte superior da caixa, criando imagens aparentemente holográficas. Cada caixa funcionará como objeto de encontro e propagação sonora e física projetando a performer em cena para uma fruição individual dos espectadores, como um cinema completo disponibilizado para um espectador para “sessões”, que duraram em torno de 4:30 minutos cada.

As caixas óticas estão integradas entre si por um sistema interno de roteadores e pode ser controladas à distância para reparos, inicialização, testes e outros, se necessário. 

Patrocinio

Fundo de Apoio à Cultura da Secretária de Estado de Cultura do Distrito Federal (FAC-DF).

Elenco/Ficha Técnica

Performer/atriz: Simone Reis
Idialização, design de instalação e sistemas, sonoplastia, diretor de fotografia e vídeos, programação de computadores, fotografia, design gráfico: Iain Mott
Dramaturgia e direção cênica: Camillo Pellegrini e Simone Reis
Poesias: Simone Reis
Direção artistica e produção: Iain Mott e Simone Reis
Produção xxxx: Robson Castro
Assistência da produção xxxx: Silvana Alves Viana
Montagem de exposição, artes de divulgação, videoclipe do projeto, mediação: Bruca Teixeira

Agradecimentos

Davi Reis Mott
Gisel Carriconde Azevedo
Gladstone Menezes 
Jean-Michaël Celerier
Jim Sosnin
Marc Raszewski
Marcela Hollanda
Mila Petrillo
Phil Jones
Thibaud Keller
Yuri Fidelis

Hardware eletrônico, software e linguagens

Micro-computadores Raspberry Pi 4, controlodores de iluminação customizados (IRLZ34N mosfet), fita LEDs 12V, mini-refletores LED 12V, Telas AMOLED, Arduino Nanos, Arch Linux, liblo (adaptado), pigpiod, OSSIA Score, C, shell scripts, Mosca, SuperCollider, Ardour, DaVinci Resolve 19, Apache II, p5.js, PHP, HTML, Android-Kiosk Browser.

Quinta, 10 Setembro 2015 19:58

The Talking Chair

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The Talking Chair (A Cadeira Falante) é um ambiente para ouvir sons em três dimensões, permitindo aos participantes controlar a trajetória do som pelo espaço que os rodeia. O trabalho tem uma estrutura externa parar suportar um conjunto de seis alto-falantes, uma cadeira central, e uma interface de usuário envolvendo uma varinha de ultrassom. Um sistema remoto de áudio é ligado por cabo. Sentado na cadeira, o participante interage com o trabalho pela varinha, a qual cria dados tridimensionais usados para produzir o som e desenhar a trajetória dele pelo espaço. Enquanto o som muda, suas qualidades acústicas também mudam em resposta à sua proximidade com o ouvinte, velocidade e localização espacial. A cadeira esculpida assume uma presença humana dentro os arcos da estrutura. Os arcos definem um espaço sonoro que é tanto quanto dinâmico e esférico, com o ouvinte na posição central.

The Talking Chair foi feito colaborativamente por Iain Mott, Marc Raszewski & Jim Sosnin. O projeto foi apoiado por: The Australia Council. O trabalho tem sido exibido nos estados de Victoria e Tasmânia na Austrália, e na 1996 International Computer Music Conference em Hong Kong.

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